terça-feira, novembro 07, 2006

De caso perdido

Esqueço de contar nos dedos quantos amores tive de uns tempos poucos pra cá,
não importa, não tive dedos suficientes, nem corações.
Quero mesmo é declamar meu amor e esparramar minha libido.
Intimidar os tímidos. Intimar os quixotes, macunaímas e andarilhos.
Assassinar paixões. Delatar murmúrios. Amputar o inexprimível.
Venha! Venham! Vá! Vã!
A vida é constante prosa
A vida é momentânea poesia
Perca os dedos e os corações.
Renda-se ao emaranhado de desejos.
Esteja de caso perdido!

Um comentário:

em desconstrução disse...

Há uma goela mordaz no meu talo!
Um silvo um uivo uma selva uma seiva - me salva!
É confortante encontrar outros casos perdidos
Inda mais nesses casos sensuais